A ópera Alceste de Gluck, apesar de ter sido uma das obras que marcaram a história da ópera, pela reforma que tentou efetuar, e apesar de ter “nascido” cerca de vinte anos apenas antes de São Carlos (em 1776, a versão francesa que ouviremos), teve duas únicas apresentações no nosso teatro ao longo da sua já mais de bicentenária história. Foi em 25 e 27 de janeiro de 1957. Alceste era a grande soprano dramático Inge Borkh.
Dois anos depois, porém, num concerto efetuado na nossa sala que encerrou o 3º Festival Gulbenkian de Música, a grande meio-soprano Oralia Dominguez cantou a ária “Divinités du Styx”, o mais conhecido trecho confiado à titular da obra, Alceste. Maestro era Pedro de Freitas Branco, à frente da Philarmonia Orchestra of England.
Recorde-se ainda que o Capricho sobre os bailados da ópera Alceste – Christoph W. Gluck foi tocado em São Carlos por Camille Saint-Säens a 10 de novembro de 1880.