A melhor das “star wars” é aquela que nasce da amizade e não da inveja ou do ciúme ou da febre de aplausos. Helen Traubel e Lauritz Melchior, que partilharam os palcos do Met de NY e de outros teatros como supremos intérpretes wagnerianos, tinham um contra o outro verdadeiros arsenais de risonhas “rasteiras”.

Assim, por exemplo, no I Acto da ópera Tristão e Isolda de Wagner, enquanto Traubel se lançava nos terríveis monólogos e nas tremendas páginas da Maldição de Isolda, Lauritz Melchior gostava de se colocar fora de cena, em locais onde a colega o pudesse avistar, com uma saia de dança do ventre sobre a armadura. Começava então a saracotear-se numa espécie de dança escocesa!

Por seu lado, no decorrer do II Acto, enquanto Melchior cantava as suas mais ardentes tiradas no dueto de amor, Traubel tinha por vingança não parar de lhe fazer caretas.

Star Wars, mas risonhas!