Compositores na Sala — Umberto Giordano

O italiano Umberto Menotti Maria Giordano (1867 –1948) forma com Cilea, Mascagni e Leoncavallo o grupo de mais importantes compositores veristas.

Giordano estudou no Conservatório de Nápoles. A sua primeira ópera intitulou-se Marina e surgiu em 1888. Foi um sucesso falhado e faz parte da história porque foi uma das obras que concorreu a um célebre concurso promovido pela Casa Editora Sanzogno. O repto era escrever-se uma ópera em um acto. Giordano ficou em sexto lugar num total de mais de setenta compositores e o vencedor foi Pietro Mascagni com a sua Cavalleria Rusticana, que fez explodir de entusiasmo o mundo inteiro. Sanzogno, naturalmente ficou de olho em Giordano e convidou-o a escrever uma nova ópera, que seria Mala Vita. Estreou no Teatro Argentina de Roma em 1892. Com escândalo, pois a história era terrificante, seguindo a nova moda verista — uma mistura de prostitutas, operários tuberculosos, um horror. Seria reescrita anos mais tarde como Il Voto.

Giordano tentou de novo o êxito com Regina Diaz, estreada em 1894 no Teatro Mercadante de Nápoles, mas esta ópera também não foi bem acolhida.

Tal não sucederia com os dois títulos seguintes.

Em 1896 Giordano escreveu para o Scala de Milão a sua quarta ópera, Andrea Chénier, que obteve tremendo sucesso. O seu atractivo principal continua a ser a soberba oportunidade de incandescência que oferece aos tenores.

Em 1888, dois anos depois deste grande sucesso, foi a vez de Fedora, baseada numa peça de Sardou (o escritor de Tosca). Estreou no Teatro Lirico de Milão e nela brilhava a voz do então jovem Enrico Caruso. Fedora obteve igualmente um grande sucesso e também se mantém ainda habitualmente em cartaz.

Depois destes dois êxitos Giordano escreveu uma série de títulos que depressa foram esquecidos: Il Voto — revisão de Mala Vita (Teatro Bellini, Nápoles — 1902); Siberia (Teatro alla Scala, Milão — 1903); Marcella (Teatro Lirico, Milão — 1907); Mese mariano (Teatro Massimo, Palermo — 1910); Madame Sans-Gêne (Met, Nova-Iorque — 1915); Giove a Pompei (Teatro La Pariola, Roma — 1921); La cena delle beffe (Teatro alla Scala, Milão — 1924); Il re (Teatro alla Scala, Milão — 1929) e La festa del Nilo (deixada incompleta).

Umberto Giordano esteve em São Carlos no ano de 1906 como maestro de duas récitas da sua ópera Fedora.

Veja-se os programas detalhados em MIL E UMA E MAIS NOITES.

 

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