Conheço, em gravações ou ao vivo, algumas encenações de Pier Luigi Pizzi. Recordando apenas duas delas, foco uma Semiramide quase toda branca (filmada em Aix-en-Provence com Caballé e Horne) e, com imensa saudade, um Trovatore inspirado em Velázquez cantado no nosso palco. Quando a presente produção de La traviata se estreou neste teatro em 1997, senti-me absolutamente espancado pela intensidade e variedade cromática. Creio que, em muitos anos de ópera, nunca vi tanta e tão misturada cor a sair do palco. Perguntei a Pizzi as razões.